Estava eu passeando pela Escola de Teatro quando soube da mostra dos meninos do primeiro semestre de interpretação, dirigida por Iami Rebouças, que ia ser apresentada dentro de uma hora. Pensei: “é um ótima oportunidade para avaliar como está a nova safra de atores”.
Nós, que já estamos no meio, conhecemos a arte num aspecto muito mais estrutural. Porque sabemos  das dificuldades que enfretamos no nosso dia-a-dia pelo reconhecimento e pelo sucesso.
Quando a gente vê a Carolina Dickman na novela pensa que ela caiu ali do céu. Mas na verdade ela penou muito para estar ali. Beleza não é tudo, gente. Foi o que pude comprovar nessa mostra, embora a beleza física dos atores não fosse assim tão impressionante. Amo a Iami, uma atriz fantática. Mas uma perguntinha… quele figurino do início da apresentação era de CAMI? Sim, aquele tecido/papel que usamos no colegial.
Bom, um culto à baco com as ninfas vestidas de CAMI não pode, né! Não merece um Evoé.
Tá, passou. O “Baco” se esforçou, e tudo mais… Aí a peça correu como deveria, no nivel
de primeiro semestre, tranquila. Até que vem uma cena de velhinhas beatas que
me deixou realmente saturada. Péssimas as velhinhas. Pareciam três gralhas.
Alguns atores entravam, falavam sua pequena frase do texto (picotado, pela quantidade de pessoas)e saíam triunfalmente. A inexperiência nos submete a esse tipo de coisa, fazer o quê? No final eles leram um texto de agradecimento. leram muito ml, precisam de exercício de leitura dramática. No mais foi isso. Os textos foram bem selecionados e o corpo foi bem trabalhado. É na sala 5, quentíssima, que as coisas acontecem.
Espero novas apresentações.
Beijinhos a todos. E agora sim, Evoé!

Cristina O’hara

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